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domingo, 23 de outubro de 2011

Linda poemas de Clarice Lispector - brincando com as formas de palavras


"Leia o texto abaixo e depois leia de baixo para cima"

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

Clarice Lispector

Poemas de Clarice Lispector


"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"

Clarice Lispector

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Toalhas de banho com crochê em caixinhas de MDF

Toalhas de banho e rosto com barras em crochê e bordadas em ponto cruz e/ou pintadas. São  colocadas em caixas em MDF pintadas na técnica de Decoupagem. Contatos: e-mail: duarterosypi@gmail.com ; Fone: (86) 9927-5969 - Rosy










Caixinhas de MDF












quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nas pequenas coisas encontramos a PAZ e as soluções para muitos problemas.

Eu, Rosymaura da Silva Duarte, mulher, negra, socióloga com especialidade em africanidades e cultura popular sempre estive emmeio do artesanato, aprendi a fazer crochê com 08 anos de idade, após fiz pintura em tecido e ponto cruz. E sempre achava que isso era prendas e não ARTE. Certo dia um pai de santo disse: “você uma artista”, e eu respondi dizendo: Não senhor, não sei dançar, nem cantar e nem sou atriz, ele sorriu e disse, quem lhe falou que a arte é tão pouco?.
Não entendi o ele me disse, o tempo passou e no ano de 2009 o mais triste de minha história, encontre equilíbrio e força justamente no ARTESANATO. Conheci uma senhora que entregava caixinhas de MDF nos corredores do hospital São Marcos – Dona Ana, sempre sorridente e brincalhona, Dona Ana era paciente terminal de câncer de mama. Logo fiz amizade com ela, disse que gostava de artesanato e ultimamente estava a bordar em ponto cruz toalhas de banho, então elas me disse: Porque não faz as caixinhas de MDF e coloca as toalhas? Achei maravilhosa a idéia, então resolvi aprender a fazer, e ela se dispõe a me ensinar. Dona marcou o dia que me ensinara as técnicas da decoupagem. Fiz minha sessão de radioterapia, cumpri meu repouso e antes do dia da aula já me encontrava recuperada, então liguei pra confirmar a aula. Sua filha atendeu e me disse: faz três dias que minha mãe faleceu, mas ela já tinha comprado e separado o material para sua aula, se quiser pode vim pegar. Fiquei arrasada, pois para que 4etá no tratamento de câncer, saber que um conhecido morreu da doença, é como recebêssemos nosso atestado de óbito em vida. Passei vários dias numa tristeza e para piorar meu pai vem a falecer durante meu tratamento. Encontrava-me sem esperança nenhuma, numa depressão que me assolava e no medo, MEDO. Ao, entrar no São marcos, vi uma das caixinhas de MDF encima de uma mesa da recepcionista, então disse como faz falta Dona Ana, passei na casa dela e descobri que ela dava aulas de decoupagem para pessoas da 3ª idade. Peguei o material e comecei a pintar as caixinhas sozinha.
Hoje curada, aprendi que a ARTE é algo mais grandioso do que minha simples percepção. Descobri de onde vinha aquele sorriso de Dona Ana, das cores e da PAZ que a pintura em decoupagem lhe trazia. No entanto, o mais valioso aprendizado é que Dona Ana me deixou foi que em pequenas coisas encontramos a PAZ e na maioria das vezes as soluções para muito de nossos problemas.
                                                                                                 Rosymaura da Silva Duarte

Aqui são algumas peças que terminei no ano de 2009 e que as chamo de coleção Dona Ana.